A comunicação que se cria junto, mesmo a distância

No paradigma da comunicação interna emergente, há a busca pela inovação. Com a chegada da pandemia do coronavírus, percebeu-se que não é preciso que as coisas continuem a ser do jeito como sempre foram, afinal, mais do que nunca, foi preciso se comunicar e saber se comunicar. Tornou-se inevitável uma comunicação integrada, focada nas ações de colaboradores e gestores, para manter objetivos, causas e discursos alinhados, porém, remotamente. Os espaços casa e trabalho ganharam um novo vínculo na comunicação.

A necessidade do isolamento social para aplicação de medidas protetivas no contexto da pandemia acelerou o uso de novas ferramentas digitais para se comunicar. Embora relativamente jovem nas empresas, a comunicação interna se fortaleceu nos tempos da Covid-19 por fundamentar a relação empresa-gestor-equipe. Os gestores se viram diante do desafio de aprender a integrar os saberes das diferentes equipes, de forma on-line, construindo uma reordenação de todas as práticas anteriormente criadas.

Entendendo que a comunicação que ocorre no dia a dia das organizações é o oxigênio para a gestão do clima motivacional das equipes, é importante observar que a alteração de rumo na forma de se comunicar, com uso das ferramentas on-line, está associada à necessidade de práticas que até já eram tendência, mas precisaram ser aceleradas. Assim, as competências profissionais passaram a acoplar requisitos como a descoberta de novos saberes, competências emocionais, tecnológicas e de reciclagem para tempos de mudança.

Nas Redes e teias da comunicação interna, a mudança é a mola propulsora para novos avanços e vem agregada a uma espécie de desvelamento do que é individual para o coletivo. A comunicação se cria junto, mesmo a distância, e esse é o sentido de pensarmos, de alguma maneira, como poderemos associar o trabalho em equipe, no sentido múltiplo e complexo de criação de novos saberes, às três diferentes dimensões da comunicação interna: o que é humano, o que é instrumental e o que é estratégico.

Estamos diante do desafio da mudança e é preciso agir para criar algo realmente novo. Quanto mais se investir em comunicação interna, mais será possível adaptar equipes a um mercado em mutação. A atitude do futuro é saber se comunicar. Se uma empresa investir em comunicação e praticá-la corretamente, mais interessante irá se tornar, diferenciando-se no nicho de atuação. Com a comunicação interna alinhada, os colaboradores poderão dar novas respostas a problemas ainda inexistentes, de modo estratégico e com bons resultados.

 

Flávia Fernandes

Jornalista e produtora de conteúdo para Redes Sociais e plataformas digitais.

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